terça-feira, 22 de abril de 2014

Aprendi com os pássaros.

   Quando todas as vozes se calarem, os sentimentos esfriarem, as palavras não mais forem suficientes, assim serei eu novamente. Voltarei a ser parte de mim e de mais ninguém. 
   Ora, quando me despir das minhas próprias verdades e fluir em todas as demais que me circundam, encontrarei assim a minha própria mais uma vez, escondida nas entrelinhas dos pensamentos mais ricos e também dos menos valorizados. 
   De que me serve tanta gentileza e zelo com minhas palavras que nem sempre são bem entendidas? Quase nunca são respondidas ou correspondidas. O fato é que não sei ser alguém de qualquer jeito, não sei fazer as coisas por fazer e nem pensar somente por pensar. Sou mais que isso! Sou como os pássaros que migram no inverno para uma terra de verão, busco sempre estar quente porque de tanta frieza no mundo, os corações tem se tornado cada vez mais congelados até chegarem a um estado de petrificação sentimental irreversível. Migre você também, mude sempre que for preciso, escape por entre a multidão e contagie outros com esta positividade. É preciso, acredite!
   Por um mundo de sensibilidades é que escrevo e nunca cessarei de escrever. Espero que surta algum efeito, aos poucos que me visitam e se assumem se encontrar nestas palavras, assim, juntos vamos sendo a diferença no meio dos diferentes.


Outono 2014

Ruan Sena