segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A mesma porta

Aqui estou eu, de frente a mim mesmo mais uma vez, me perdendo em meus pensamentos que oscilam como os ventos.
Eles vem de todas as partes, tudo me inspira e devaneia.
Tudo ganha e perde cor, gosto, vida...
Já ouvi tantos dizeres, já vi muitos amores e espero a tão chegada hora de todos com entusiasmo, mas também penso na minha.
Outros por aí cantam, oralizam palavras que adormecem no seio de suas memórias e musicalizam sua mais distinta e autêntica forma de viver.
Aqui estou eu, de frente a mim mesmo mais uma vez!
De frente a porta que se entreabre, mas tenho medo de entrar.
Sim, sim podem até me acharem um tanto desconfiado, prudente e até mesmo medroso, mas respeito minhas experiências, algumas um tanto desagradáveis até. 
Talvez, por estas últimas, prefiro a porta trancada e nem ouso dar uma espiada, pode ser muito arriscado. 
Deixo as mentiras, os amores e até mesmo as verdades do lado de fora.
Mas dentro de mim, esta porta se abre, abre não, ela escancara, porque o medo pra mim funciona como anestésico, sempre me assusta a primeira picada, mas em segundos tudo vira sossego.



Ruan Sena



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