quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A Pérola






 Certa vez me perguntaram o que eu faria em situações de desgosto, insensatez, inconvenientes, enfim, situações desgastantes que infelizmente (ou felizmente) acabamos nos sujeitando ou sendo sujeitados, nesta nossa vida de amores e desamores. Minha resposta então, veio carregada com uma antiga história que minha avó em sua sabedoria me contou.
 A história da formação da pérola. 
 Ela dizia que a ostra por ser pequena e achatada, acabou se alojando onde os outros seres marítimos achavam ser desinteressante ou a pior das moradias; o solo, a areia. Então, querendo provar para os outros seres de que ela estaria no mais valioso dos terrenos, começou por acaso a literalmente degustar dos pequenos grãos de areia. Tudo o que ia ficando no interior de suas largas e sensíveis aberturas, aos poucos ia se formando, se agrupando, recebendo forma e brilho, até que um dia do seu interior, se conseguiu expelir uma das mais valiosas preciosidades do mar. A pérola. Com base nisso, pensei, o que poderia fazer com toda a sujeira que diariamente ingerimos, e cheguei a conclusão de que podemos transformá-las em pérolas, sendo estas a construção do nosso próprio {eu}, da nossa identidade, e por fim do nosso caráter.

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