sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Amor, vazio poético.

Eu e minha busca desesperada por um amor...
Será que este amor que tanto procure existe?
Se dá em pé de alguma árvore ou brota do chão como os lírios do campo?
 Tem cheiro? Cor?
Ando vagando pelas ruas como alma desencarnada a espera do ceifeiro que tarda em não me encontrar. Será o ceifeiro o meu amor, ou o beijo frio e mortal da morte?
Meu peito lateja a dor da falta, nada supre o vazio e a fraqueza na qual ele se encontra.
Engraçado que o amor é comum para tantos, mas para mim é raridade. Não é nada comum, não consigo encontrar nas esquinas, nos bares ou nas músicas. Os poetas ainda me enganam, me inspiram e me deixam apenas no estado alquímico de acreditar que tudo não passa de uma perfeita combinação.
Ah, sabe de uma coisa, se este amor, e falo do amor dos poetas, fosse bom de verdade eles não acabariam em catástrofes e nem lamentariam a perda dos seus ou se desse tempo, a perda de sua própria vida. Este amor me amedronta e me deprime. Mas pelo menos uma coisa temos muito em comum,olhamos para a lua e fazemos do céu nosso altar, depositamos ali nossas preces e cantigas e acreditamos ser correspondidos pelo universo, os raios da grande lua abençoam meus lábios e me devolvem ao coração a mais linda forma de amar, se isto é o amor eu não sei por certo, porém, sei que choro, e minhas lágrimas nestas horas não são de dor, e sim da alma de um ser que encontrou ali a porção faltante do seu coração vazio.


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