domingo, 2 de dezembro de 2012

Sementes

  Lancei sementes pelo caminho.
  Minha intenção ingênua de arar o terreno vazio, abandonado e cascalhado, foi ganhando vida quando percebi que até os passarinhos animavam minha luta em torná-lo fértil.O som de suas melodias assoviadas, penetravam meu coração ao mesmo tempo em que eu cavava pequenos leitos  para as tão macias sementes. Me lembrei da canção de Cazuza: '' Flores são flores vivas num jardim  Pessoas são boas já nasceram assim. flores são flores colhidas sem dó por alguém que ama e não quer ficar só.''
   Ao cobri-las,um suave e fino chuvisco caiu sobre a terra vermelha e fofa, e nós, eu e os passarinhos, dançamos juntos na chuva agradecendo pela benção dos céus.
  Tenho esperança que vingue as minhas sementes, que cresçam, e se tornem grandes e viçosas árvores, que suas copas atinjam alturas capazes de ocultar a visão urbana dos arranhas céus.
  A simples iniciativa em semear, me fez refletir, pensar que as sementes de ontem são os frutos de hoje,e que as sementes de hoje são os frutos de amanhã! Fui sábio, acredito eu, levando em conta as palavras que li em um dos livros de Augusto Cury, o nome do livro nem me lembro mais, porém algumas palavras me impregnaram o coração como perfume impregna o corpo. As palavras foram estas: ''...sábio é o ser humano que tem coragem de ir diante do espelho da sua alma para reconhecer seus erros e fracassos e utilizá-los para plantar as mais belas sementes no terreno de sua inteligência.''



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